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Fimose

A fimose infantil é um dos principais motivos de consulta com a urologista pediátrica. Entenda o que é essa questão e a importância da orientação e acompanhamento com a especialista.

As orientações contidas aqui não substituem uma consulta médica. Somente a avaliação presencial com exame físico permitem o correto diagnóstico e tratamento.

O pênis da criança:

A glande (“cabeça”) do pênis é naturalmente recoberta por uma dobra da pele, geralmente retrátil, chamada de prepúcio. Ao nascimento, os meninos costumam ter a extremidade do prepúcio fechada e aderida a glande.

Na parte inferior do pênis, existe uma região conhecida como “freio”, que é a pele que liga o prepúcio à glande.

O que é fimose?

A fimose é a incapacidade de retração do prepúcio para expor a glande do pênis. É importante ressaltar que todos os meninos apresentam fimose ao nascimento, isso é fisiológico. A fimose costuma regredir naturalmente até os 3 anos de idade, sem necessidade de cirurgia.

Os meninos podem ser acompanhados anualmente com urologista pediátrica pois existem orientações e tratamentos que facilitam a abertura do prepúcio, diminuindo a necessidade de cirurgia.

Após os 3 anos, os meninos que não conseguem expor a glande e realizar a higiene adequada da região, devem ser avaliados por uma especialista.

Excesso de prepúcio

O excesso de prepúcio na verdade não existe. Tendo em vista que existe uma variação natural da quantidade de pele no prepúcio, uns meninos apresentarão mais e outros menos pele. Caso a criança consiga retrair o prepúcio sem dificuldades e realizar a adequada higienização da região, isto não deve ser considerada indicação de cirurgia. Por isso, é fundamental a avaliação de um especialista para a realização do diagnóstico correto e indicação de tratamento adequado, evitando cirurgias desnecessárias.

Existem 2 tipos de fimose

Fimose primária – também chamada de fimose fisiológica e esta presente desde o nascimento.O corre devido a aderência natural do prepúcio a glande;

Fimose secundária – também chamada de fimose patológica, geralmente ocorre como consequência de infecções do prepúcio (balanopostites) ou tentativas forçadas de abertura levando a microtraumas e um processo de cicatrização local que torna a pele mais rígida. A limpeza inadequada e o acúmulo de urina dentro do prepúcio também podem levar a uma reação inflamatória crônica e fimose secundária.

Consequências da fimose:

A incapacidade de retrair o prepúcio leva a dificuldade higiene da região e as possíveis consequências disso são:

⦁ Dermatite (inflamação da pele)
⦁ Infecções urinárias recorrentes
⦁ Retenção de urina
⦁ Dor ou ardência ao urinar
⦁ Vermelhidão, inchaço
⦁ Incômodo ou dificuldade de ereção ou masturbação
⦁ Maior risco de câncer de pênis

Tratamentos

A fimose na criança pequena deve ser avaliada e conduzida pela urologista pediátrica para que as orientações corretas sejam oferecidas a fim de diminuir a chance de evolução para cirurgia.
Alguns casos de fimose primária podem ser tratados com uso de pomadas a base de corticóides. A dose e tempo de tratamento devem ser cuidadosamente orientados pela médica e respeitados pelos responsáveis. O principal objetivo desse tratamento é relaxar a pele do prepúcio e facilitar a exposição da glande. Apesar de apresentar uma elevada taxa de sucesso, o tratamento com pomada apresenta também uma elevada taxa de recidiva. Caso a fimose persista, a cirurgia chamada postectomia pode ser indicada.
Na maior parte dos casos de fimose secundária, o tratamento indicado é a postectomia.

Postectomia: O que é e como funciona a Cirurgia de Fimose?

A postectomia (cirurgia da fimose) consiste na retirada do prepúcio para permitir a constante exposição da glande. É uma cirurgia rápida e segura, realizada em centro cirúrgico e sob anestesia geral.

O paciente costuma internar cedinho pela manhã em jejum e, após o almoço, depois de um período em observação, recebe alta.
Meus pacientes costumam permanecer 7 dias em repouso domiciliar e 30 dias afastados de atividade físicas mais intensas.

Quais os benefícios da postectomia?

A postectomia quando bem indicada apresenta inúmeros benefícios a curto e longo prazo. Além de facilitar a higiene do pênis, evitando as infecções do prepúcio e urinária, os pacientes operados apresentam menos chance de infecções sexualmente transmissíveis e câncer de pênis na vida adulta.

Cirurgia causa prejuízo na sensibilidade do pênis?

A postectomia não afeta a sensibilidade peniana ou o desempenho sexual do paciente na vida adulta. Isso poque não há manipulação das terminações nervosas da glande durante o procedimento.

Alguns meninos sentem uma hipersensibilidade na fase inicial do pós operatório pois muitas vezes nunca tiveram a glande exposta. Essa sensibilidade aumentada pode ser incômoda e muitas vezes confundidas com dor. A tendência é que eles se acostumem e parem de sentir desconforto em questão de poucas semanas

Existe algo que o cuidador possa fazer para evitar a necessidade de cirurgia?

Não existe nenhuma forma de evitar a fimose primária, já que ela é natural a todos os meninos ao nascimento. Porém, existem algumas formas de facilitar a abertura do prepúcio. O primeiro passo é ter uma urologista pediátrica para avaliar e orientar os cuidados com o pênis da criança. A médica poderá orientar os cuidados durante o banho, avaliar a necessidade e o melhor momento para o tratamento com pomada e se existe a necessidade de tratamento cirúrgico.

A melhor forma de evitar a fimose secundária é higienizar diariamente o pênis da criança com água e sabão neutro, orientar os meninos a retrair o prepúcio e secar o pênis após a micção e evitar a tração forçada do prepúcio.

ATENÇÃO:

Essas informações não devem substituir uma consulta médica.
Caso necessite uma avaliação, entre em contato com a nossa equipe e teremos o maior prazer em receber e cuidadar da sua família.

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Criptorquia

O testículo não descido é uma das anormalidades congênitas mais comuns nos meninos. Pode ser uni ou bilateral e ocorre com mais frequência nas crianças prematuras. Atualmente, recomenda-se o tratamento cirúrgico a partir do sexto mês de vida para prevenir possíveis alterações futuras no testículo.

Bexiga neurogênica

Distúrbio que afeta o funcionamento da bexiga e tem como base alguma alteração neurológica. Nas crianças, é frequentemente associada a quadros de mielomeningocele. O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para prevenir possíveis danos aos rins.

Fimose

A impossibilidade de exposição da glande devido a um anel fibroso que está presente no prepúcio recebe o nome de fimose. Seu aparecimento pode provocar dificuldades de higiene, infecções urinárias e balanopostites (infecção da glande). O tratamento pode ser realizado com pomadas específicas ou por meio de cirurgias. Cada caso deve ser avaliado individualmente por um urologista pediátrico.

Hipospádia

Malformação congênita, na qual o meato da uretra (orifício por onde sai a urina) não está localizado na ponta do pênis, podendo ou não ser acompanhada de curvatura peniana e/ou prepúcio em formato de “capuz”. O meato uretral pode estar localizado em qualquer ponto entre a glande (cabeça do pênis) e o períneo, próximo ao ânus.

Constipação

A dificuldade em esvaziar o intestino é um problema comum na população pediátrica e pode ter como causa fatores genéticos, estilo de vida (sedentarismo, dieta inadequada e baixa ingesta de líquido) ou alterações neurológicas. Existe uma forte associação entre constipação e infecção urinária de repetição, bexiga hiperativa e enurese.

Hidrocele

Presença de líquido ao redor do testículo, levando ao aumento de volume escrotal. Em geral, não causa dor para a criança. Algumas vezes associada à hérnia inguinal, recomenda-se uma avaliação precoce por urologista pediátrico, pois o caso pode ser cirúrgico.

Enurese (Xixi na Cama)

A dificuldade de controle da urina durante o sono após os 5 anos de idade é muito comum e afeta a rotina de muitas famílias. Sabemos hoje que se trata de um distúrbio multifatorial e existem tratamentos específicos com altas taxas de sucesso. Crianças não tratadas podem sofrer sérios problemas de autoestima e têm mais chances de desenvolver transtornos como ansiedade e depressão no futuro.

Tumor de Bexiga

Crianças podem ser acometidas por tumores de bexiga benignos e malignos.

A doença pode ser silenciosa e apenas identificada em de exame de imagem realizado por outro motivo. Ou se apresentar com sangramento da urina, dor abdominal ou retenção da urina.

Dependendo do tamanho da lesão, o tratamento pode ser feito por endoscospia (pelo canal da uretra) ou através de cirurgia maior.

Tumor de Rim

O tumor de Wilms representa 90% dos tumores renais na infância. Geralmente diagnosticado abaixo dos 5 anos, não costuma gerar sintomas até que atinja grandes volumes e uma massa abdominal seja identificada. Infelizmente, 10% já se apresentam com metástases no momento do diagnóstico.

Sinéquia Vulvar

É aderencia dos pequenos lábios e geralmente acomete meninas de 3 meses a 10 anos de idade.

Ocorre devido aos baixos níveis de hormônios nessa faixa etária e é associado a inflamação recorrente da região.

Por isso é muito importante manter uma boa higiene e trocar a fralda com frequência.

A aderência pode ser parcial, causando pouco ou nenhum sintoma ou quase que total, podendo levar a dor para urinar, a retenção e infecção da urina.

No bebê devemos suspeitar em casos de irritabilidade na troca de fralda ou higiene no banho.

Na criança maior, pode haver queixa de ardência para urinar, coceira na região ou per da urina na calcinha logo após fazer xixi. (a urina fica acumulada)

O exame físico é suficiente para fechar o diagnóstico e o tratamento vai depender dos sintomas e do grau da aderência.

A maioria dos casos são resolvidos m uso de pomada local, porém outros necessitam de cirurgia.

Implante de prótese de testículo

Pacientes que nasceram com apenas um testículo ou necessitaram retirar o órgão (por torção testicular, trauma ou tumor) podem ser submetidos ao implante de uma prótese testicular. As próteses são confeccionadas em silicone e, geralmente, indica-se a colocação no final da adolescência.

Megaureter

Malformação congênita que cursa com dilatação importante do ureter e dificuldade na passagem da urina do rim para a bexiga. Geralmente identificada na ultrassonografia do pré-natal, merece uma avaliação precoce do urologista pediátrico para evitar que a criança evolua com infecções urinárias ou até mesmo prejuízo no funcionamento dos rins.

Torção de Testículo

É considerada uma urgência urológica! Na torção do testículo, ocorre a interrupção do fluxo sanguíneo para o órgão. Pode afetar crianças e adolescentes de qualquer idade e o quadro clínico clássico é de uma dor testicular súbita, de forte intensidade e, muitas vezes, associada a vômitos. A criança deve ser levada imediatamente à emergência. O atraso no diagnóstico e tratamento cirúrgico adequado pode levar à necessidade de retirada do testículo.

Estenose de JUP

A estenose de junção ureteropélvica é uma das principais causas de obstrução urinária na infância. Geralmente, se apresenta como uma dilatação renal visualizada na ultrassonografia morfológica do pré-natal. A gestante pode consultar um urologista pediátrico antes mesmo do nascimento para esclarecer dúvidas e garantir o acompanhamento pós-natal precoce.

Incontinência Urinária Diurna

Problema muito comum na infância, que afeta tanto a rotina das famílias como a autoestima das crianças. Uma boa avaliação urológica e a realização de tratamentos específicos devem ocorrer o quanto antes.

Refluxo vesicoureteral

Ocorre quando o fluxo da urina retorna para os rins, em vez de sair exclusivamente pela uretra. É uma das causas de infecção urinária em crianças. O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para prevenir que a criança evolua com mau funcionamento dos rins.

Cálculo renal

O cálculo renal está cada vez mais frequente em crianças e adolescentes, principalmente naqueles que têm histórico na família. Distúrbios metabólicos, dietas inadequadas e baixa ingesta de líquidos são fatores de risco importantes. Muitos casos necessitam de cirurgia e a avaliação do especialista se torna fundamental.

Curvatura peniana congênita

É uma condição na qual ocorre uma desproporção no desenvolvimento dos corpos cavernosos do pênis (estruturas responsáveis pela ereção), levando ao seu encurvamento. Existem vários graus de curvatura e alguns casos necessitam tratamento cirúrgico.

Bexiga Neurogênica

Distúrbio que afeta o funcionamento da bexiga e tem como base alguma alteração neurológica. Nas crianças, é frequentemente associada a quadros de mielomeningocele. O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para prevenir possíveis danos aos rins.

Infecção Urinária

Não é normal a criança apresentar infecção urinária e, já após o primeiro episódio, um urologista pediátrico deve ser consultado. Devemos afastar alguma malformação congênita do trato urinário, alteração no funcionamento da bexiga ou fator de risco para infecção (fimose cerrada, constipação, ingesta de água inadequada, desfralde precoce, entre outros) que deva ser tratado.

Hérnia Inguinal

Projeção de um órgão abdominal – geralmente o intestino – por um pequeno canal na virilha (chamado de canal inguinal). Esse tipo de hérnia costuma causar aumento de volume e dor local, além de requerer tratamento cirúrgico precoce para evitar que se torne um caso de urgência.

Pênis pequeno

Aqui você poderá encontrar materiais impressos disponibilizados no consultório, para auxiliar o tratamento do seu filho (a).

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